Você sabia que algumas mulheres (por volta de 26% de nós) têm, desde o início da vida sexual ou durante uma fase da vida, dificuldades para chegar ao orgasmo? Pois então, é a anorgasmia. Uma condição, em que a mulher não tem orgasmos há mais de 6 meses trazendo prejuízo a ela e ao relacionamento. Isto pode ocorrer desde o início da vida sexual ou ela pode ter tido orgasmos durante um período e por certo tempo não mais conseguir. Também pode estar relacionado à parceria ou não, ou seja, não consegue orgasmo com parceira ou parceiro específico.
Além disso, a dificuldade para chegar ao orgasmo pode ainda se apresentar durante as relações sexuais e não ocorrer durante a masturbação.
A anorgasmia traz para as mulheres sensação de incapacidade gerando sofrimento para ela e para o casal. Afinal de contas, uma vida sexual saudável e satisfatória para ambos é marcador de uma boa qualidade de vida.
Para falarmos em dificuldades para chegarmos ao orgasmo, precisamos primeiro observar alguns pontos:
Vale lembrar que a maioria dos casos de anorgasmia ocorre entre mulheres. As causas podem ter origem em doenças neurológicas, doenças crônico degenerativas ( como o diabetes), traumas de coluna , abuso de álcool, dores nas relações sexuais entre outras, e também causas psicossociais, a principal causa em mulheres.
Uma educação repressora onde a mulher cresce aprendendo que o sexo é pecado, repulsivo e doloroso, atrapalha no desenvolvimento sexual, criando dificuldades para chegar ao orgasmo. História de abuso sexual, presença de mitos e tabus, como por exemplo “masturbação não é coisa de mulher direita”, e de que após sermos mães não é mais certo termos algumas atitudes na cama, colaboram bastante para criarmos o ambiente propício para a anorgasmia.
Quando pensamos em tratamento para anorgasmia, a avaliação completa pode passar pela avaliação clínica, fisioterápica e psicológica. Outro ponto importante é definir se a mulher consegue ter orgasmo durante a masturbação ou se é com parceiro (a) em específico, e se ocorre desde o início da vida sexual (anorgasmia primária) ou se é recorrente. Quando a falta de orgasmo é restrita a um parceiro , podemos ter questões de relacionamento a serem resolvidas. Outra questão é avaliar se o parceiro apresenta alguma disfunção sexual que o impeça de estimular a parceira de forma satisfatória.
Além disso, temos que observar se a falta de orgasmo não esta ligada à falta de desejo ou falta de excitação adequada, pois neste caso muda o foco do tratamento.
Portanto, se você estiver tendo dificuldades com seu orgasmo, uma avaliação profissional criteriosa será bem vinda para se chegar ao diagnóstico adequado e ao melhor tratamento. Daí é só aproveitar.
Abraços
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